A doença de Alzheimer é uma condição que afeta muitas pessoas no Brasil, com mais de 1,2 milhões de pessoas convivendo com ela. Basicamente, é uma forma de demência que vai atrapalhando aos poucos a memória, o raciocínio e até as tarefas do dia a dia. Geralmente aparece em quem tem mais de 60 anos, mas pode surgir antes também. E o pior: ela avança devagar, e nem sempre é fácil perceber no começo.
Causas e fatores que podem influenciar
Ainda não se sabe exatamente por que o Alzheimer aparece, mas já existem algumas pistas que ajudam a entender o que pode aumentar o risco:
- Idade: Quanto mais velho, maior a chance, especialmente depois dos 60.
- Histórico na família: Se alguém da sua família teve Alzheimer, fique atento.
- Estilo de vida: Ficar parado, comer mal e muito estresse não ajudam nada.
- Saúde do coração: Doenças como diabetes, pressão alta e problemas no coração podem estar ligados.
Sinais que merecem sua atenção
Identificar os primeiros sinais pode ser complicado, porque muita coisa pode parecer só “coisa da idade”. Mas tem alguns detalhes que você pode notar e que merecem cuidado.
1. Esquecimentos que começam a se repetir
É normal esquecer alguma coisa de vez em quando, mas quando isso começa a acontecer várias vezes por semana, é bom ficar atento. Por exemplo, a pessoa pode não lembrar o que conversou minutos atrás ou onde deixou algo importante.
2. Tarefas do dia a dia viram um quebra-cabeça
Atividades que antes eram fáceis, como preparar uma receita simples, pagar uma conta ou organizar documentos, começam a dar trabalho. A pessoa pode se confundir nos passos, esquecer etapas ou simplesmente travar em algo que fazia no automático.
3. Confusão em lugares conhecidos
Se perder no caminho para a casa de alguém conhecido ou esquecer onde está algo dentro da própria casa pode parecer estranho, mas acontece. Se a pessoa começa a se sentir desorientada em lugares que frequentava sempre, é um motivo para observar com mais cuidado.
4. Mudanças de humor sem motivo claro
Você pode perceber que a pessoa está mais irritada, triste ou até mais desligada do que o normal. Essas mudanças podem acontecer sem um motivo aparente e até afetar a maneira como ela se relaciona com a família e os amigos.
5. Repetir perguntas como um disco arranhado
Se a pessoa faz a mesma pergunta várias vezes num curto espaço de tempo, como se tivesse esquecido que já tinha perguntado, é importante não ignorar. Isso pode causar frustração, mas também é um sinal de que a memória de curto prazo está afetada.
6. Palavras que fogem na hora de falar
Na hora de conversar, a pessoa pode esquecer palavras simples ou trocar nomes de objetos, dificultando a comunicação. Isso pode parecer um pequeno detalhe, mas se começar a acontecer com frequência, é um sinal para prestar atenção.
7. Perder a noção do tempo
Esquecer datas, dias da semana ou até o horário pode ser um indicativo de que a mente está ficando mais confusa. A pessoa pode não conseguir acompanhar compromissos ou se perder em tarefas que exigem noção temporal, o que pode impactar a rotina.
Imagem: Freepik
E agora? O que fazer se suspeitar?
Se suspeitar de Alzheimer, o primeiro passo é procurar um médico especialista, como neurologista ou geriatra, para uma avaliação completa e exames detalhados. Também é importante conversar com a família para reunir informações sobre as mudanças observadas no dia a dia.
Durante esse período, adote uma dieta saudável, realize atividades físicas e exercite a sua mente com tarefas estimulantes para ajudar a frear o desenvolvimento da doença.
Como o diagnóstico funciona?
Para confirmar o diagnóstico, o médico vai combinar vários passos.
- Avaliação geral
Ele vai conversar com você ou com a família, conhecer o histórico de saúde e fazer um exame físico para descartar outras causas.
- Testes de memória e atenção
São avaliações simples que ajudam a identificar o funcionamento da sua memória, atenção e outras capacidades cognitivas.
- Exames de imagem
Ressonância magnética ou tomografia ajudam a ver se existem mudanças no cérebro que indiquem Alzheimer.
Por que é importante detectar cedo?
Identificar a doença nas fases iniciais contribui para que você tenha uma melhor qualidade de vida. Ela não tenha cura, mas existem tratamentos que ajudam a preservar a memória e as funções do cérebro por mais tempo. Alguns remédios podem aliviar os sintomas, ajudando a pessoa a se manter mais ativa no dia a dia.
Alzheimer mexe com toda a família, e entender o que está acontecendo é um passo para cuidar melhor de quem você ama. Fique de olho nos sinais, procure ajuda e saiba que você não está sozinho nessa caminhada. Cuidar da mente é cuidar da vida!